sábado, 21 de abril de 2007

Paulo Portas está grávido. E é já hoje que vai parir as criaturazinhas; sim: são gémeas.
Ao que apurámos, o líder da frente nacional Lava-Bem-O-Dentinho, deu entrada no hospital, ontem, mas apenas hoje será levada a cabo (resquícios ainda do cargo que ocupou no anterior executivo) a cesariana.
Entre o recreio do hospício, perdão, hospital, e o interior do edifício estão já centenas de curiosos do Fato-Azul – conhecido grupo de Cascais, Foz e afins – que aguardam fervorosamente. Fontes anónimas indicaram-nos que as criaturas já têm nomes: Derrota e Vitória. Na sala de parto estará apenas Ribeiro e Castro, eventual pai – no sentido lato da pessoa que assume total responsabilidade pelos seus actos – de uma das gémeas. (Soube-te bem andares lá antes nove meses antes não foi?).
Por (P)portas travessas soubemos que o grávido alega, com especial convicção, que a Vitória é só dele, que nunca teve ninguém na cama e que teve o dom de a conceber sozinho, qual Ave Maria que vem e salva a Pátria com um sucessor. Mas a coisa deu raia, quando o alegado pai se insurgiu dizendo que não pode assumir a Derrota sozinho e que não pode ser o único responsável por um acto em que (pelo menos) duas pessoas são intervenientes. A discussão foi tal que há quem diga – umas simples câmaras fotográficas, coisita pouca – que deu pancadaria; foi quando Portas começou a sentir o peso da gravidez com as primeiras pancadas internas. Qual Alien, qual quê.
Enfim, a nós, como a qualquer curioso, resta-nos esperar pelo desfecho final. O certo é que, perante a profunda discórdia, nenhum dos progenitores assumirá a paternidade dos dois filhos em simultâneo: Portas porque nutre já especial afecto pela Vitória, cuspindo veementemente na Derrota, por achar que é filha do ex-companheiro; Ribeiro e Castro porque não acredita que tendo exercido o prazer será pai de uma só, tendo contribuindo de forma indelével para as duas criaturazinhas que aí vêm. Nestas coisas tudo é dúbio e inesperado e nunca se sabe se num volt face qualquer, não será a Vitória a rejeitar o pai amado e a lançar-se nos braços de Castro, cabendo a Portas o doloroso percurso de caminhar ao lado da Derrota.
A ciência vai evoluindo, mas como diria o outro: há coisas do caneco.